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Arte como (re)existência
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Documento
Metadados
Título
Arte como (re)existência
Autor
SILVA, Mariana Tavares
Colaborador
A Casa Tombada - O Livro para Infância
Descrição
Em maio de 2020, em meio à pandemia que estávamos vivenciando por conta da Covid-19,provocações do professor e escritor Fábio Monteiro2 durante aula da pós O livro para infância: processos contemporâneos de criação, circulação e mediação, n´A Casa Tombada,me afetaram. São elas: “A gente resolve uma dor colocando algo no lugar?”, “É preciso entender aquilo que a gente é”, “Crise é uma possibilidade de transformação, de mudança”(informação verbal). Essas frases me fizeram repensar a forma como eu estava encarando o meu trabalho enquanto artista, porque eu estava a ponto de desistir novamente. Eu estava em meio a uma crise. Há um ano, havia abandonado uma vida estável em um concurso público para trabalhar como ilustradora, sem muito entender a diferença entre desenho e ilustração ou saber algo sobre o universo do livro ilustrado. Mas após iniciar meu percurso na pós-graduação O livro para infância, eu tinha certeza de que era este o meu caminho. Até que em março de 2020, obrigados a nos trancarmos em casa por conta da pandemia, sem estabilidade ou segurança, vi toda essa certeza e segurança caírem por terra e os desenhos foram a primeira coisa que eu quis abandonar.E em uma conversa com um amigo também artista, ele me disse que nós não escolhemos ser artistas, mas nascemos assim. E ele me incentivou a participar de um desafio chamado “Mermay”, “Mer” do termo “mermaid”, ou sereia em inglês, e “may”, de maio em inglês. O desafio consistia em desenhar uma sereia por dia com temas determinados pelo criador do concurso, durante todo o mês de maio, que coincidiu com as aulas de Monteiro, reforçando minhas escolhas do caminho.Monteiro disse que se comprometer com o caminho é buscar algo que consolide o meu discurso e a minha prática para ganhar autoridade naquilo que falo, ou seja, as minhas escolhas precisam ser consistentes. Entendi que a minha arte precisava me tocar porque eu a entendia, porque conseguia enxergar beleza, dor, agonia, estranhamento.Segundo Monteiro, o lugar da sensibilidade não é um lugar fácil de conquista. Ele se dá também pela experiência. A formadora e professora da pós-graduação Luiza Christov, afirmou em sua aula, “A pesquisa acadêmica que pensamos a partir de uma experiência, nos permite escrever sobre ela e contar sua história. E, ao contar a história, podemos trazer recursos de linguagem que ajudam a mostrar a verdade sobre ela”. Ponderando isso e a experiência enquanto algo que nos transforma, permitindo o processo e o percurso, resolvi escrever sobre a minha experiência no projeto The100dayproject, queme acompanhou durante a quarentena.Se desenho não é só habilidade de ilustrar, mas de representar a narrativa, colocando minha visão de mundo e minha identidade e pensando que quando desenhamos, deixamospara o outro o que temos de melhor, embarquei em um projeto que consistia em fazer um desenho por dia durante 100 dias.A ideia para o projeto de conclusão de curso para a pós-graduação O Livro para Infância é contar sobre essa experiência, do meu processo criativo como ilustradora, fazendo, além da exposição dos desenhos, um diálogo sobre as diversas linguagens das narrativas imagéticas, refletindo sobre as influências das referências, em como criei as minhas próprias e do que dependeram essas escolhas. Pretendo contar também sobre as dificuldades, como surgiram as ideias, como é o percurso de cada ilustração, o pensar na cor da página, formato, tamanho, disposição e como isso reverbera para construção das narrativas.
Data
2021
Idioma
Bibliografia
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Acervo
omeka
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