FORMAÇÃO CONTINUADA COM EDUCADORES: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO PAPEL FORMADOR A PARTIR DO CHÃO DA ESCOLA.
Autor
Cleonice Batista Chagas Costa e Fabiana Alves de Souza Silva
Colaborador
Professora Leitora: Renata Araújo
Descrição
Toda escrita tem uma intenção. E essa tem o propósito de trazer a reflexão de duas formadoras, cada qual partindo do seu contexto e território singular e subjetivo, mas que se movem pelas mesmas inquietações e problematizações acerca do processo de formação contínua com educadores. Enquanto uma pretende aprimorar a formação inicial com os educadores, a outra traz reflexões sobre a implementação de uma formação consistente e reflexiva vivida com os educadores que atuam no seu território escolar. Com o propósito de demarcar o contexto em que acontece este estudo, iniciamos esta escrita retomando alguma hesitação que ocupa o nosso olhar devido as muitas fragilidades dos atores envolvidos no cotidiano das escolas em que trabalhamos.Em Candau (1999) encontramos uma importante preocupação com questões do cotidiano do professor. A autora afirma que é preciso que a experiência dos professores seja o ponto de partida e de chegada da formação, de modo que o cotidiano da escola seja o local privilegiado de formação, onde o professor “aprende, desaprende, reestrutura o aprendido, faz descobertas, se aprimora (CANDAU, 1999, p. 57). Embora Nóvoa e Candau utilizem a palavra cotidiano de forma diferente de Heller, em um ponto eles convergem: defendem que é em meio a esse cotidiano que os sujeitos transformam seus saberes.Para os autores, os saberes dos professores são construídos a partir da reflexão de sua prática pedagógica em conexão com a ação coordenada que parte da organização e da análise de um todo; emerge das reflexões surgidas no enfrentamento de circunstâncias inusitadas com as crianças e com os demais profissionais, das reflexões originadas no diálogo com outros educadores; se faz por meio das reflexões provocadas no exercício dos instrumentos metodológicos (planejar/registrar/avaliar); germina nas reflexões geradas no contato com outras experiências educativas.