Marcas de uma caminhada:O que fica de tudo aquilo que escapa e o passo possível
Autor
GALENDER, Mariana
Colaborador
A Casa Tombada
Descrição
Este texto pretende apresentar algumas aprendizagens* e resultados oriundos de proposições feitas na primeira edição do curso de Pós-graduação A Caminhada como Método para a Arte e Educação, de 2017 a 2018, com coordenação da artista Edith Derdyk, realizado pela FACON no polo Casa Tombada.Trata-se de um relato de experiência, um convite a uma caminhada sobre marcas. Marcas ou menires, termo bastante utilizado nos encontros para significar os momentos e espaços de pausa e de pouso, em que o caminhante percebe no seu caminho um lugar de referência para si mesmo, de reconhecimento. Um lugar que sinaliza deslocamento, movimento, invenção de mundo e que, por ser significativo, passa a ser um ponto de localização do próprio caminho percorrido. O caminhante sabe voltar para aquele lugar porque ali algo novo foi apreendido e marcou o seu corpo. Depois de um ano e meio de curso, com muitos estímulos a partir de falas de especialistas das mais diversas áreas do conhecimento e de experiências de caminhadas na cidade de São Paulo e na fazenda Serrinha, em Bragança, elegi seis pontos de parada (aprendizagens*) para o compartilhamento do meu percurso pessoal nessa travessia, sendo eles:1. Primeira parada: a ampliação do entendimento de caminhada2. Segunda parada: menires-aprendizagens3. Terceira parada: é na experiência do caminho que o trabalho acontece4. Quarta parada: o teto, o chão e a topografia do lugar a partir da fotografia5. Quinta parada: 180˚ e o problema do entre, o fracasso e a pertinência do espaço6. Sexta parada: o que fica daquilo que escapa e o passo possível
CARERI, Francesco. Walkscapes: o caminhar como prática estética. São Paulo: Editora G. Gili, 2013.BRANDALIZE, Maria Cecília. Topografia - apostila para Engenharia Civil e Arquitetura. PUC/PR. Em: https://www.scribd.com/doc/54292531/Apostila-1-topografia.CONTENTE, Renato. Catálogo Salão de Pernambuco, 2019 (no prelo).DERDYK, Edith. Linha do Horizonte: por uma poética do ato criador. São Paulo: Intermeios, 2012.FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.LAROSSA, Jorge. Tremores: escritos sobre a experiência. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018. NOVAES, Adauto (org.). O olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina, 2007.