Descrição
Esta pós graduação foi vivida de forma intensa.Desde o primeiro encontro foram muitas as trocas e asrelações que se estabeleceram, fosse ela entre o que eu era e as pessoas com as quais eu com-vivi, fosse entre o eu havia em mim e o que havia dentro das pessoas com as quais estive.Foram encontros mensais que se desdobraram em mim como ser, em mim como devir, nos meus desdobramentos como professora, como artista, como ente.Foi um caminhar que se mostrava, sempre, repleto depotência. Cada anotação de encontro que residia na agenda, era antecipado por expectativas... o que veria, o que diria, para onde iria. Neste sentido o Curso, em seu percurso, foi ao mesmo tempo Norte e desnorteador, os encontros por vezes leves e fugidios eram intercalados por finais de semana vertiginosos que me faziam sair tonta, reverberante, inquieta.E foi assim... por este ano e meio.Havia alguns caminhos a seguir neste relato sobre oprocesso. Poderia discorrer sobre o material já apresentado ao final do processo (a aproximação poética entre a Salles e Kastrup). Poderia falar cronologicamente sobre cada encontro. Poderia fazer discussões mais ou menos teóricas sobre as leituras realizadas. Mas nesta pós de caminhantes o caminho é um valor sem valor igual.Assim, embora as produções plásticas realizadas fossem em si possibilidades, e as reflexões a partir delas também construção de conhecimento, optei por compartilhar aqui instantâneos retirados dos vestígios deste caminhar, do caldo que ao final ficou e que, de alguma forma, ainda está.Sem muito a mais e sem muito a menos, optei por seguir o processo de legitimação de uma forma de construção da realidade já anunciada, de uma maneira de se relacionar com o mundo, com as coisas que se nos apresentam e as quais somos apresentados. Optei por seguir a afirmação de uma dada singularidade. Uma dada experiência que é sensível, histórica, regional, global, contemporânea, do meu clã... que é singular. Uma dada forma de codificar e decodificar, de saber e de saber-se.