-
Brasilininhos: Um Grande Sertão e as Infâncias
- Voltar
Documento
Metadados
Título
Brasilininhos: Um Grande Sertão e as Infâncias
Autor
BITTAR, Tatiana
Colaborador
A Casa Tombada - A vez e a voz das crianças
Descrição
Tudo começa em um Sertão. Canudos, Bahia – Dezembro de 2018, o ano dos avessos e desentendidos da história brasileira. Andava com perguntas e lamentos pesando meus passos perdidos. Um caminho nebuloso se desenhava olhando pra frente. Pisar era delicado e escorregadio. Era tempo de passar a limpo o caminho feito até aquele momento. Decido andar pra trás, calçada porpalavras e escutas dos que há tanto tempo deixaram suas pegadas e impressões, iluminando o caminho.Começo então as costuras desses rastros, bordando em palavras as tantas experiências. Nessa feitura, a realidade se apresenta em sua complexidade: as tantas histórias contadas, nosso processo constitutivo de nação explicam aspectos importantes, que reconhecemos ao longo do desdobramento da tal “modernização brasileira” e seus custos, que resultam em um processo de apagamento da nossa história.A Guerra de Canudos é um exemplo disso: um levante popular que nos mostrou a existência de muitos Brasis no mesmo Brasil e o descobrimento de um Sertão que virou metáfora para explicar tudo que era desconhecido ou ficava longe da “civilização” inventada pela República, que na época, segundo a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, em seu artigo “De Canudos ao caso Lázaro: o espetáculo da morte no Brasil1” procurou definir essa guerra como um grande exemplo da barbárie contra a civilização e do atraso contra a modernidade. Penso que o abismo entre as diferentes partes do país seguiu povoando o imaginário de cada um de nós e produzindo episódios trágicos que explicam o descompasso entre a cidade e os muitos sertões brasileiros até os dias de hoje. Nova história; velha história!
Assunto
Data
2021
Idioma
Bibliografia
1. ROMEU, Gabriela. Terra de Cabinha: pequeno inventário da vida de meninas e meninos do sertão. São Paulo, Peirópolis, 20162. ROMEU, Gabriela. Álbum de Família: Aventuranças, memórias e fabulações da trupe familiar Carroça de Mamulengos. São Paulo, Peirópolis, 20193. ROMEU, Gabriela. Lá no meu quintal... o brincar de meninas e meninos de Norte a Sul. São Paulo, Peirópolis, 20194. FRIEDMANN, Adrian a. A vez e a voz das crianças. São Paulo, Panda Books, 20205. MARIA, Selma. Um pequeno tratado de brinquedos para meninos quietos. São Paulo, Peirópolis, 20096. RESENDE, Vânia Maria. O Menino na Literatura Brasileira. São Paulo, Perpectiva, 19887. ROSA, João Guimarães. A Boiada. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 20118. FREYRE, Gilberto. Casa-Grande e Senzala. 51a Ed. São Paulo. Global, 2006.9. RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 3ªEdição. São Paulo, 201510. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 27ª Edição. São Paulo, Companhia das Letras, 201411. KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: Episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro, Cobogó, 201912. JUNIOR, Itamar Vieira. Torto Arado. 1ª Edição. São Paulo, Todavia, 201913. SIMAS, Luiz Antonio. O corpo encantado das ruas. 6ª Edição. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 202014. SIMAS, Luiz Antonio. Pedrinhas miudinhas: ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros. 2ª Edição. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 201915. TETTAMANZY, Ana Lúcia Liberato. Lugares de fala, lugares de escuta nas literaturas africanas, ameríndias e brasileira. Porto Alegre, Zouk, 201816. PIORSKY, Gandhy. Brinquedos do chão a natureza, o imaginário e o brincar. 1ª Edição. São Paulo, Editora Peirópolis, 2016.
Acervo
omeka
1787