Sobre o curso
“Há que apenas saber errar bem o seu idioma”
Manoel de Barros
“Estudos pra nascer palavra” é o enunciado que designa um conjunto de práticas de escritura poética que visam a deselitização desses estudos e a consciência do ato de escrever como ação que não segmenta corpo/mente. A proposta do curso é seguir o conselho do poeta Manoel de Barros e desfazer os costumes das palavras por meio de atividades de criação literária que, para além de técnicas, trabalho o vocabulário da experiência de cada participante.
O objetivo é trazer um ponto de atenção sobre os usos que fazemos da escritura e como eles demonstram uma relação construída com este saber durante o período de escolarização, visando ressignificar a memória em relação a este saber basal na construção do conhecimento humano.
Na oficina, ao pensarmos juntos o que é a escrita, chegamos a memória que carregamos em relação a esse saber. Esta memória, geralmente, é negativa, carregada de traços que associam o ato físico da escrita a uma sensação de desconforto, de stress, como quem faz uma prova na qual não se sente preparado. Assim condiciona-se a mente a relacionar a escrita a um incômodo. Ao fazer uso da escrita somente em suas funções utilitaristas, de avaliação e registro, tende-se a considerá-la como um saber que não diz respeito à capacidade expressiva, reduzindo sua potencialidade. Os encontros abordam a produção de textos como uma ação humana que realizamos mentalmente de forma ininterrupta e defende que precisamos conscientizar a existência desse processo cognitivo e escolher um ponto de atenção, um cisco que nos perturba ou encanta, para que movidos por esta inquietação possamos elaborar uma escritura que nasce de um estado atento e não de um esforço mental por buscar dispendiosamente palavras que já se excedem em nosso dicionário mental.
Percurso das aulas
Encontro 1 (21/7)
A palavra como experiência; autobiografia sensorial.
Encontro 2 (23/7)
A máquina de fotografar insignificâncias; desenhos verbais.
Encontro 3 (28/7)
O professor de agramática, errar bem o idioma.
Encontro 4 (30/7)
Transver, o olhar da imaginação que reinventa o mundo.
Bibliografia
ADICHIE, Chimamanda. O perigo da história única. Tradução Julia Romeu. São Paulo. Cia das Letras, 2019.
ASSARÉ. Patativa. Cante lá que eu canto cá – Filosofia de um trovador nordestino. Rio de Janeiro. Ed. Vozes, 7° edição, 1989.
ANDRADE, Carlos Drummond de. A educação do ser poético. Publicado no Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1974.
Antologia poética. Rio de Janeiro, Editora Record, 52°edição, 2003.
BARROS, Manoel. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. 6° ed. São Paulo. Editora Global, 1988.
COUTO, Mia. Narrativa e incerteza in: Incerteza viva: processos artísticos e pedagógicos. 32°ed- Bienal de São Paulo, 2016.
NARANJO, Javier. Javier. Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças. Editora Foz. São Paulo, 2016.
Quem é o professor
André do Amaral é poeta-pesquisador, mestre em Arte Educação pela UNESP e graduado em Letras pela USP. Atualmente, facilita nascimento de palavra e cuida da Serena.
Quando
Dias 21, 23, 28 e 30/7
Das 19h às 21h
Onde
Online
As informações de acesso serão disponibilizadas por e-mail.
Público
Geral
Investimento
R$ 280,00
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