Quem nunca se deparou com a reformulação de uma questão? E quem já se deu conta de que as questões-cerne de nossas vidas, as questões essenciais nos formulam e reformulam? Eis o que esse artigo da narradora, artista, escritora, tecelã, Yohana Ciotti nos ensina: as perguntas avançam à medida que nos colocamos em questão. Como a nossa pele, que avança por meio seus poros, precisamos abrir espaços para nos perguntarmos acerca da singularidade voz da mulher narradora. Convidamos você para se entregar à leitura do artigo Tecer a pele da mulher narradora de histórias, tecido como conclusão do curso de pós-graduação A Arte de contar histórias: abordagens poética, literária e performática, sob a orientação da profa. Ms Letícia Liesenfeld.
Tecer a pele da mulher narradora de histórias
de Yohana I. Ciotti Back
sob orientação de Letícia Liesenfeld
Resumo
Entre urdidura, linha e pente – oralidade, permeabilidade e atualidade – procuro tecer um contorno da mulher narradora de histórias. Uma superfície irregular e assimétrica que traduzo em pele. Como uma fronteira entrecortada, que ao mesmo tempo a separa do todo ao seu redor, é invadida por ele. Essa “pele”, expressão da singularidade da mulher que narra, manifesta desejos e pensamentos, coloca sua voz no mundo. Para isso, utilizo-me do conto tradicional escocês “Maccodrum’s seal wife” e traço um paralelo entre a mágica pele roubada e o calar forçado das mulheres por tanto tempo. Reflito sobre a busca por esta voz por meio da contação de histórias, arte que aproxima pessoas de outras pessoas, pessoas de histórias e pessoas de si mesmas.
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