Sobre a oficina
Que notícias são publicadas? Quais histórias são contadas?
*Qual é o problema:* Com uma mídia que tem o lucro como prioridade e a torrente de notícias como sua sobrevivência e maneira de se articular na sociedade, bem como a representatividade dos grupos que ela defende, pessoas e histórias que não condizem com isso ficam do lado de fora, e na atual sociedade que vivemos “estar de fora é como estar morto em um corpo vivo – incompatível com a dignidade humana”(Cristopher Türcke)
*O que faremos:* A oficina, em 4 encontros de 3h de duração cada, tem como ponto de partida uma análise sobre o evento em homenagem/protesto à morte de Cláudia Ferreira da Silva em 2014 e alguns pontos de chegada que flertam com criar maneiras de que histórias não pereçam.
*O caminho:* Encontro 01: Apresentação do artigo de conclusão de curso “Paixão de Cláudia – as narrativas para além do periodismo” da pós-graduação em A arte de contar histórias(2015) + levantamento de notícias/histórias que sucumbiram com o tempo. Encontro 02: apresentação de histórias e oficinas (realizadas para/com adultos e crianças) que provoquem a saída da torrente de notícias + apresentação do “Nosso Jornal” (Perdizes: 1962 – 1981) editado pelo João Batista da Silva Júnior + orientações para estudo de campo. Encontro 03: tempo de pesquisa – busca por notícias/histórias/materiais na rua, no seu entorno, para serem trabalhadas no último encontro (não terá encontro presencial neste dia!) Encontro 04: Partilha do material coletado + criação coletiva de materiais que possam provocar a saída da torrente de notícias a qual somos submetidos.
As propostas dessas oficinas nascem do projeto À Volta d’A Casa que foi contemplado pelo ProAc Territórios das Artes n.41/2018. Esse projeto possui o objetivo de fortalecer o vínculo dos narradores do grupo Sábado em Casa (Ângela Castelo Branco, Giuliano Tierno, Leticia Liesenfeld, Magno Faria e Yohana Ciotti) com o entorno d’A Casa Tombada. Desde janeiro de 2019, o grupo vem experimentando caminhos de investigação artística a partir dos arredores d’A Casa Tombada e do levantamento das histórias do bairro de Perdizes, ativando um território poético da escuta e da fabulação enquanto prática narrativa.
As oficinas aqui propostas são parte dessa investigação. Partilharemos nas oficinas essas pesquisas desenvolvidas por meio de imagens, contos, fragmentos de conversas com moradores e comerciantes e os silenciamentos presentes na história oficial e não oficial do bairro.
Quem é o professor?
Magno Rodrigues Faria. Filho de Guaianases, é pedagogo formado pela FEUSP com experiências nas redes pública, privada e do terceiro setor. Possui especialização em ” Arte de Contar Histórias – Abordagens poética, literária e performática”. Desde 2010 trabalha regularmente como educador na biblioteca do Instituto Acaia, onde exerce hoje a coordenação desta área. Contador de histórias em espaços de cultura também promove oficinas que envolvam a palavra e notícias e é colaborador (júri em 2016) da revista Emília no projeto “Destaques da Revista Emília” desde 2013.
Quando
de 16/07 a 19/07
(terça, quarta, quinta e sexta, das 18h30 às 21h30)
Público
Geral
Turma
30 participantes
Investimento
Gratuito